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sexta-feira, 20 de março de 2009

Mestres do Vibrafone II: Gary Burton


Nacido em 1943, natural de Indiana, Gary Burton iniciou-se no vibrafone por conta própria e com 17 anos fez sua 1ª gravação em Nashville, Tenesse. Dois anos depois, já aprimorando sua técnica na conceituada Berklee College of Music, em Boston, emprestou seu talento ao pianista britânico George Shearing e também ao saxofonista Stan Getz, com quem trabalhou até 1966. Na época, como membro do quarteto de Getz, Burton ganhou o prêmio de revelação pela revista Down Beat. Paralelamente ao grupo ele gravou três álbuns pelo selo RCA.

Influenciado pela rítmica e sonoridade do rock, mas com base na improvisação jazzística, montou seu 1º quarteto obtendo um grande sucesso da crítica especializada e do público. Nesse momento, pode-se dizer que era plantada uma das primeiras sementes do que hoje se denomina o Jazz Fusion com os álbuns “Duster” e “Lofty Fake Anagram”. Com o grupo logo ganhou, novamente pela revista Down Beat, o prêmio de Jazz Man do ano de 1968. Com 25 anos, tinha sido o mais novo instrumentista a ganhar tal prêmio.

Já pelo selo ECM Label, Burton convidou o jovem guitarrista fenômeno Pat Metheny para integrar seu grupo, explorando composições cada vez mais modernas. Entretanto, durante os anos 70, ocorre uma fase mais intimista, mas não menos brilhante do percussionista. Com o álbum, “Alone at least”, um solo de vibrafone gravado em 1971 no Montreux Jazz Festival, ele ganhou seu 1º Grammy. Nesta época ele conheceria o pianista Chick Corea com quem teria uma parceria longa e vitoriosa com mais de quatro Grammy.

Em 1971, Burton começou sua carreira de professor universitário na mesma Berklee. Lá conseguiu por excelente trabalho o título de “Dean of Curriculum” e também seu doutoramento honorário. Tornou-se Vice Presidente da faculdade em 1966, sendo responsável pelo funcionamento diário da Instituição.

Com oito anos pela RCA, cinco pela Atlantic Records e 16 pela ECM, (o que resultou em mais dois Grammy) Burton começou a gravar pela GPR em 1988. Nesse período reencontrou o amigo Pat Metheny e juntos fizeram “Reunion”, que ganhou prêmio de melhor álbum pela Billboard Magazine. Depois de oito álbuns pela GPR, ele se transferiu para a Concord Records e então mais dois álbuns foram lançados: “Departure” e “Native Sense” em 1997, este último em parceria com Chick Corea, que resultou no 4º Grammy de sua carreira.

Ainda em 97, ele gravaria uma seleção de tangos chamada “Astor Piazzola Reunion”, do grande mestre argentino, gravando outra em seguida chamada “Libertango”. O 5º Grammy do músico veio com o álbum “Like Minds”, com as participações de Chick, Pat, o baterista Hoy Haynes e o baixista Dave Holland. Em 2001, Burton realizou um tributo a famosos nomes do vibrafone como Lionel Hamptom; no ano seguinte firmou uma parceria com o pianista japonês Makoto Ozone para excursionar com temas de música erudita de compositores como Brahms, Scarlatti, Ravel, Barber e outros, um trabalho bastante aclamado.

Após Gary Burton anunciar sua aposentadoria da Berklee, em 2003, com 33 anos de casa, formou um novo grupo que chamou muita atenção pelos jovens talentos minados por ele: o guitarrista de 16 anos Julian Lade e o pianista russo Vadim Nevelovski. Com esse grupo Gary gravou dois CD’s, “Genetation” e “Next Generation”, excursionando até 2006. No ano seguinte gravou mais um trabalho erudito “Amistad Suite”, agora com o pianista espanhol Polo Orti e a Orquestra Sinfônica de Tenerife. Um dos seus mais recentes trabalhos, com a parceria do velho amigo Chick Corea, entitulado “The New Crystal Silence”, rendeu-lhe o 6º Grammy da carreira. Em 2009, aos 66 anos de idade, o vibrafonista planeja novos trabalhos, incluindo seu recente quarteto com Pat Metheny, Antonio Sanchez na bateria, e Steve Swallow no contrabaixo.

Este é Gary Burton, um mestre do vibrafone!

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